quinta-feira, 4 de março de 2010

Vota Brasil


1. Cada um de nós tem que começar a pensar nas eleições presidenciais e procurar entender claramente a proposta de cada candidato. A escolha deve corresponder ao que desejamos para nós e para o Brasil no futuro. A eleição do Presidente, dos Deputados Federais e de 2/3 do Senado é o evento mais importante de 2010 e todos devemos ir às urnas tão informados quanto possível.

2. Cada um de nós exercerá esse direito de 15 a 20 vezes durante a vida, mas as conseqüências de cada voto não se dissipam a não ser lentamente. É a soma de nossos votos que vai ajudar a construir instituições que nos comandarão por muitos anos e influirão de maneira decisiva no futuro que nos resta viver e no qual viverão nossos filhos e netos.

3. Nada é mais importante, portanto, que cada um de nós entenda os limites físicos do possível. É fundamental não se deixar enganar por promessas utópicas ou poéticas feitas ou por candidatos honestos mas que ignoram as restrições impostas pela Contabilidade Nacional (por exemplo, prometer aumento do consumo e do investimento cuja soma é maior do que o PIB) ou por candidatos desonestos e ignorantes (que prometem, por exemplo reconstruir o Brasil).

4. Para discriminar os candidatos nada melhor do que descobrir se eles sabem que o processo de desenvolvimento econômico é apenas o codinome do aumento da produtividade do trabalho. Quem, por exemplo, prometer que vai reduzir as horas trabalhadas sem reduzir o salário, e não disser com clareza como vai aumentar a produtividade do trabalho, está tentando enganar o eleitor.

5. O aumento da produtividade do trabalho exige um aumento da relação Capital/Trabalho, o que significa que depende do nível de investimento das empresas. Ora, uma redução de horas trabalhadas, sem o corte correspondente dos salários, leva à redução do nível de investimento, porque estes são financiados pelos lucros retidos. A experiência mostra que a redução das horas trabalhadas é um fenômeno natural na história do capitalismo, resultante das negociações entre as empresas e os trabalhadores organizados. É um processo complexo que não pode ser resolvido sob pressão oportunística de líderes sindicais em busca de votos às vésperas do processo eleitoral. Quem duvidar, estude as conseqüências da redução para 35 horas semanais votada às pressas na França: não aumentou o nível de empregos e reduziu a competição externa do País dentro da Zona do Euro.

Fonte: Glamurama

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